Pinturas Famosas

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sábado, 12 de maio de 2018

Os museus onde estão alguns dos quadros mais famosos do mundo

Você conseguiria dizer onde se encontram obras-primas como "Moça com Brinco de Pérola", de Vermeer, e "Guernica", de Picasso?


Moça com Brinco de Pérola, Johannes Vermeer

Ela ganhou ainda mais fama ao ser interpretada pela atriz Scarlett Johansson em um filme lançado em 2003. Mas a “Moça com Brinco de Pérola” encanta amantes das artes há muito mais tempo. Figura que aparece no quadro homônimo do pintor holandês Johannes Vermeer, a “Moça” é uma das obras-primas da chamada Era de Ouro da Holanda, ocorrida principalmente no século 17 e quando a nação europeia alcançou grandes feitos científicos, comerciais e artísticos (as pinturas do gênio Rembrandt e a chegada dos holandeses ao Brasil remontam à mesma época).
O quadro de Vermeer, que foi finalizado em 1665 e tem dimensões relativamente pequenas (44,5 cm x 39 cm), é hoje a atração principal do museu Mauristshuis, na cidade holandesa de Haia. A diretor da instituição, Emilie Gordenker, define assim a obra: “ela foi pintada de maneira sublime, com cores em perfeito equilíbrio. Sua boca está levemente aberta, como se ela estivesse prestes a falar algo. Mas ela preserva um ar de mistério que nunca deixa de intrigar. Vermeer deixou para nós o poder de decidir o que ela está pensando”.

Guernica, Pablo Picasso





Assinado por Pablo Picasso, o mural “Guernica” é uma das obras de arte mais famosas do século 20. A pintura expressa, com o estilo cubista típico de Picasso, o caos e o sofrimento causados pelo bombardeio da cidade espanhola de Guernica por aviões nazistas durante a Guerra Civil Espanhola, em 1937. O ataque ocorreu como suporte ao general Francisco Franco, politicamente alinhado a Hitler e que combatia tropas republicanas que se encontravam instaladas na cidade.

A agressão contra Guernica teria chocado imensamente Picasso, que transpôs para uma tela de 3,49 metros de altura e 7,76 metros de largura a sua visão sobre o horror daquele ataque aéreo, com corpos mutilados, seres humanos tombados no solo e muitas expressões de desespero. Esta obra-prima é hoje uma das principais atrações do Museu Reina Sofía, em Madri, na Espanha.

O Grito, Edvard Munch





Para muitos, a obra expressionista “O Grito”, pintada pelo menos quatro vezes pelo artista norueguês Edvard Munch entre o final do século 19 e a primeira década do século 20, seria uma amostra perfeita da angústia do homem moderno. O rosto assustador de um ser de feição cadavérica sobre uma ponte e com um céu cor de fogo às suas costas tornou-se uma das figuras mais conhecidas (e parodiadas) no mundo das artes: a criação de Munch é inspiração para trabalhos que vão de telas de Andy Warhol ao cartaz do filme “Esqueceram de Mim”.
Um dos quadros de “O Grito” (com 91 cm × 73,5 cm) está em exposição permanente na Galeria Nacional de Oslo, na Noruega. Outras duas versões se encontram no Museu Munch, também na capital norueguesa. E a quarta versão teria sido arrematada em um leilão na Sotheby’s por mais de US$ 119 milhões (aproximadamente R$ 390 milhões).

O Beijo, Gustav Klimt



O pintor simbolista Gustav Klimt é um dos mais célebres artistas austríacos, e sua fama se deve muito à obra-prima “O Beijo”, exibida sobre uma tela de 1,80 m x 1,80 m, executada entre os anos de 1907 e 1908 e hoje exposta na Galeria Belvedere da Áustria, na cidade de Viena.

O homem e a mulher se entrelaçando e imersos em um ambiente dourado exprimem uma imagem extremamente poderosa, que sempre capta a atenção de quem passa à frente dela. Segundo a Galeria Belvedere, este trabalho de Klimt combina “princípios de design da arte japonesa, inspiração em mosaicos bizantinos e a influência de artistas como Auguste Rodin e George Minne. Através de sua requintada composição, o casal parece estar desprendido de qualquer sofrimento e dos perigos da existência terrena”.

Mona Lisa Pintura de Leonardo da Vinci

 Nota: Para outros significados, veja Mona Lisa (desambiguação).
La Joconde
Mona Lisa, by Leonardo da Vinci, from C2RMF retouched.jpg
AutorLeonardo da Vinci
Data1503-1506[1]
TécnicaPintura a óleo sobre madeira de álamo
Dimensões77 cm  × 53 cm[1] 
LocalizaçãoMuseu do Louvre
Mona Lisa ("Senhora Lisa"[2]) também conhecida como A Gioconda[3] (em italianoLa Gioconda, "a sorridente"[4]; em francêsLa Joconde) ou ainda Mona Lisa del Giocondo ("Senhora Lisa esposa de Giocondo") é a mais notável e conhecida obra de Leonardo da Vinci, um dos mais eminentes homens do Renascimento italiano.
Sua pintura foi iniciada em 1503 e é nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do sfumato. O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo. Este quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o quadro mais famoso e valioso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos.
Muitos historiadores da arte desconfiavam de que a reverência de Da Vinci pela Mona Lisa nada tinha a ver com sua maestria artística. Segundo muitos afirmavam devia-se a algo muito bem mais profundo: uma mensagem oculta nas camadas de pintura. Se observarem com calma verá que a linha do horizonte que Da Vinci pintou se encontra num nível visivelmente mais baixo que a da direita, ele fez com que a Mona Lisa parecer muito maior vista da esquerda que da direita. Historicamente, os conceitos de masculino e feminino estão ligados aos lados - o esquerdo é feminino, o direito é o masculino.[5]
A pintura a óleo sobre madeira de álamo encontra-se exposta no Museu do Louvre, em Paris, e é uma das suas maiores atrações.

História

A pintura foi trazida da Itália para França pelo próprio Leonardo, em 1506, quando este foi convidado pelo rei Francisco I de França para trabalhar na sua corte. Francisco teria então comprado a pintura, que passou a estar exibida em Fontainebleau e, posteriormente, no Palácio de Versailles.
Foto da parede do Louvre onde se encontrava o quadro em 1911, pouco após ter sido roubado.
Só após a Revolução Francesa o quadro foi exposto no Museu do Louvre, onde se conserva até hoje. O imperador Napoleão Bonaparte ficou apaixonado pelo quadro desde a primeira vez que o viu, e mandou colocá-lo nos seus aposentos. Porém, durante as guerras com a Prússia, a Mona Lisa, bem como outras peças da coleção do museu francês, foram escondidas em um lugar seguro.
A 22 de agosto de 1911, cerca de 400 anos após ser pintada por Leonardo da Vinci, a Mona Lisa foi roubada. Muitas pessoas, incluindo o poeta francês Guillaume Apollinaire e o pintor espanhol Pablo Picasso, foram presas e/ou interrogadas sob suspeita do roubo da obra-prima da pintura italiana. Quanto a Guillaume Apollinaire e a Pablo Picasso, foram soltos meses mais tarde.
Acreditou-se, que a pintura estava perdida para sempre, que nunca mais iria aparecer. Porém, a obra apareceu na Itália, nas mãos de um antigo empregado do museu onde a obra estava exposta, Vincenzo Peruggia, que era de fato, o verdadeiro ladrão.[6][7][8][9]
Em 1956, um psicopata jogou ácido sobre ela, danificando parte inferior da obra; o processo de restauração foi demorado. No mesmo ano, um boliviano jogou uma pedra contra a obra, estragando parte da sombra no olho esquerdo da musa de Da Vinci, sombra esta que é comumente confundida com uma sobrancelha, porção de pelos que a Mona Lisa não tem.[10][11]
Em 2 de agosto de 2009, uma mulher russa jogou uma xícara vazia de café contra o quadro. A pintura não foi danificada, pois a xícara quebrou na proteção de vidro à prova de balas que existe antes do painel. Segundo as autoridades, a mulher só fez isso porque estava indignada após não conseguir a cidadania francesa. A russa foi presa imediatamente.[12]

Identidade do modelo

Muitos historiadores da arte acreditam que o modelo usado para a pintura pode ter sido a esposa de Francesco del Giocondo, um rico comerciante de seda de Florença e uma figura proeminente no governo fiorentino. Acredita-se também que estes eram vizinhos de Leonardo Da Vinci.[13] Esta opinião fundamenta-se numa indicação feita por Da Vinci durante os últimos anos de sua vida, a propósito de um retrato de uma determinada senhora florentina feita da vida ao pedido do magnífico Juliano de Médici. O primeiro biógrafo de Da Vinci, Vasari, também pintor, descreve o retrato como sendo o de Mona Lisa, esposa do cavalheiro florentino Francesco del Giocondo.
As notas de Agostino Vespucci na Biblioteca da Universidade de Heidelberg
Em 2008, essa hipótese é a mais aceita, sendo, inclusive, respaldada por cientistas da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, que afirmam terem encontrado um documento com clara referência a um retrato de Lisa del Giocondo que estaria sendo realizado por Leonardo.[14]
A identidade da modelo sendo Lisa del Giocondo, mulher de um comerciante florentino, Francesco del Giocondo, com base em notas escritas de Agostino Vespucci de 1503, encontradas na biblioteca da Universidade de Heidelberg. Descobriu-se também que Lisa tinha sido mãe recentemente, e o retrato foi feito um pouco em comemoração da recente maternidade.[15]
Porém pouca coisa se sabe da vida de Giocondo e muito menos da história de sua mulher, Lisa Gherardini, nascida em 1479. Sabe-se que casaram em 1495, mas do fato não há nenhuma prova que poderia ter sido a senhora de um Medici, a mulher que Da Vinci referenciou. O título alternativo ao trabalho, La Gioconda, aparece apenas pela primeira vez num texto escrito mais tarde, em 1625, que se refere ao trabalho como um retrato de uma determinada Gioconda. Esta referência não contradiz nem suporta a hipótese de o modelo ser a mulher de Giocondo, uma vez que em italiano gioconda pode significar uma mulher alegre. A equipe do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá fez um estudo do quadro, por meio de scanners e lasers, e puderam projetar uma imagem em 3D com as várias camadas de pintura utilizada. A técnica revelou que a mulher do quadro usava um véu típico de mulheres grávidas do século XVI, o que poderia indiciar tanto que ela estava grávida, ou então havia dado à luz há pouco tempo.[16]
Há estudiosos que pensam que o assunto da pintura é a mãe de Leonardo Caterina (1427-1495).[17][18]
Lillian Schwartz, cientista dos Laboratórios Bell, sugere que a Mona Lisa é na verdade um auto-retrato de Leonardo, porém, vestido de mulher. Esta teoria baseia-se no estudo da análise digital das características faciais do rosto de Leonardo e os traços do modelo. Comparando um possível auto retrato de Leonardo com a mulher do quadro, verifica-se que as características dos rostos alinham perfeitamente. Os críticos desta teoria sugerem que as similaridades são devidas ao facto de ambos os retratos terem sido pintados pela mesma pessoa usando o mesmo estilo.
A historiadora Maike Vogt-Lüerssen, de Adelaide sugeriu, após ter pesquisado o assunto por 17 anos, que a mulher por trás do sorriso famoso é Isabel de Aragão, Duquesa de Milão, para quem Leonardo da Vinci trabalhou como pintor da corte durante 11 anos.[19] O padrão do vestido verde escuro de Mona Lisa indica, segundo este estudioso, que o modelo é um membro da casa de Visconti-Sforza. O retrato de Mona Lisa terá sido o primeiro retrato oficial da nova Duquesa de Milão e pintado no inverno ou verão de 1489. O autor compara cerca de 50 retratos de Isabel de Aragão, representada como a Virgem ou Santa Catarina de Alexandria (nos quais só a própria duquesa poderia servir de modelo), e conclui que a semelhança com a Mona Lisa é evidente.[20].

Estética

Mona Lisa determinou um padrão para retratos futuros. O enquadramento apresenta o seu modelo visto em meio corpo, com uma paisagem distante como plano de fundo.[21] Leonardo usou uma composição baseada na pirâmide, mesmo estrutura usada em A Virgem dos Rochedos.[22] A mãos dobradas encontram-se no centro da base piramidal, refletindo a mesma luz que lhe ilumina o regaço, pescoço e face. Esta luminosidade estudada dá às superfícies vivas uma geometria subjacente de esferas e círculos, que acentua o arco de seu sorriso famoso. Sigmund Freud interpretou 'o sorriso' como uma atração erótica subjacente de Leonardo para com a sua mãe; outros descreveram o sorriso como inocente, convidativo, triste ou mesmo lascivo. Os sorrisos de interpretação dúbia eram uma característica comum dos retratos durante o tempo de Leonardo.
Detalhe da face, mostrando o efeito subtil do sfumato, particularmente nas sombras em torno dos olhos.
Muitos investigadores tentaram explicar por que o sorriso é de forma tão diferente para diferentes culturas. As explicações são diversas e variam desde teorias científicas sobre a visão humana a suposições sobre a identidade de Mona Lisa e seus sentimentos. A professora Margaret Livingstone da Universidade de Harvard arguiu que a perceção do sorriso é adquirida através de frequências visuais baixas, o que torna visível através da visão periférica.[23]Christopher Tyler e Leonid Kontsevich do Instituto Smith-Kettlewell para a Investigação do Olho (São Francisco) acreditam que a natureza em mudança do sorriso é causada por níveis variáveis do ruído aleatório no sistema visual humano.[24] O historiador Maike Vogt-Lüerssen discute que Isabel de Aragão (considerada como modelo) era infeliz porque o seu marido era alegadamente impotente, alcoólatra e propenso à agressão física. Isabel descreveu-se como A mais infeliz esposa do mundo.
Um algoritmo de computador desenvolvido na Holanda pela Universidade de Amsterdã, em colaboração com a Universidade de Illinois nos Estados Unidos, descreveu o sorriso de Mona Lisa como uma mulher 83% feliz, 9% enjoada, 6% atemorizada e 2% incomodada[25]
Embora utilizando uma fórmula aparentemente simples, a síntese expressiva que Leonardo conseguiu entre modelo e paisagem tornou este trabalho uma das mais populares e analisadas pinturas de todos os tempos. As curvas sensuais do cabelo e da roupa da mulher, criadas completamente através de sfumato, encontram eco nos rios ondulantes da paisagem subjacente. A harmonia total conseguida no quadro, visível especialmente no sorriso, reflete a unidade entre Natureza e Humanidade que era parte importante da filosofia pessoal de Leonardo.
Em segundo plano, a paisagem estende-se às montanhas geladas e inclui caminhos ondulantes e uma ponte que dão indicação de presença humana. Os contornos desfocados, a figura graciosa, os contrastes dramáticos entre claro e escuro que se traduzem em serenidade são característicos do estilo de Leonardo. A pintura foi um dos primeiros retratos a descrever o modelo no seio de uma paisagem imaginária. Uma característica interessante da paisagem é a sua desigualdade. À esquerda da figura, a paisagem é visivelmente mais baixa do que à direita. Isto levou alguns críticos a sugerir que este elemento foi adicionado mais tarde.
A pintura foi restaurada numerosas vezes. Exames de raios X mostraram que há três versões escondidas sob a actual. O revestimento em madeira mostra sinais de deterioração numa taxa mais elevada do que se pensou previamente, causando preocupação dos curadores do museu sobre o futuro da pintura[26].

Expressividade do modelo

As linhas vermelhas representam os eixos vertical e horizontal. As linhas brancas são divisões áureas. Os olhos estão posicionados nessa estrutura geométrica.[nota 1][22]

O sorriso

A última análise à enigmática Mona Lisa confirma que a personagem desenhada por Leonardo da Vinci está feliz. O quadro foi interpretado por um computador da Universidade de Amsterdão, recorrendo a software apropriado para reconhecimento de emoções.
De acordo com esta análise, Mona Lisa estava 83% feliz, 9% angustiada, 6% assustada e 2% chateada. As conclusões da investigação vão agora ser publicadas na próxima edição da revista New Scientist.
O computador cruzou variantes como a curvatura dos lábios e as rugas em torno dos olhos, para chegar a este "veredicto". O projeto foi conduzido conjuntamente com alguns pesquisadores da Universidade norte-americana de Illinois, que ajudaram na construção de uma base de dados de rostos de mulheres jovens com expressão "neutra", que serviu de apoio ao software. O programa recorre, na fase de análise, a este standard da base de dados para fazer comparações.
O quadro de Mona Lisa, pintado entre 1503 e 1506, tem intrigado a comunidade científica e artística ao longo dos tempos. Em 2003, uma teoria apresentada na Universidade de Harvard, defendia que o enigmático sorriso associado a este quadro era apenas aparente e visível a partir de determinados ângulos da pintura. No entanto, a especulação em relação à história desta famosa pintura continua e por certo não vai terminar nesta análise.

O olhar

Análises geométricas mostram que a grade estrutural da pintura obedece a rígidas divisões, as quais situam os olhos da figura no eixo que parte do centro horizontal e nas subdivisões áureas ali existentes. Como consequência dessa composição, o olhar de Mona Lisa parece acompanhar quem a observa.[22]

Influência e aspectos culturais

Mona Lisa, enquanto quadro mais famoso do mundo, adquiriu um estatuto de ícone cultural. São numerosas as suas reproduções e utilização na publicidade, objectos do dia a dia e como referência cultural. Algumas incluem:


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Seurat

Georges Pierre Seurat nasceu em 2 de dezembro de 1859 na Rue de Bondy, nº 60, em Paris. O pai, Chrysostome-Antoine Seurat, tinha sido antes oficial de diligências em La Villette. Tinha reunido uma pequena fortuna e levou uma vida solitária como reformado na sua casa de Verão, em Le Raincy, ou numa casa na La Villette. Visitava a família, que morava desde 1862 na Boulevard Magenta, nº 110, apenas uma vez por semana. A mãe, Ernestine Faivre, descendia de uma família abastada da classe média Parisiense. O filho tinha uma relação estreita e afetuosa com ela.

Durante o tempo da instrução escolar (1869-1876), Seurat é introduzido na pintura pelo seu tio materno, o comerciante de tecidos Paul Haumonté-Faivre; ele também era um pintor amador.

Durante o tempo da instrução escolar (1869-1876), Seurat é introduzido na pintura pelo seu tio materno, o comerciante de tecidos Paul Haumonté-Faivre; ele também era um pintor amador.

Entre 1875 e 1877 Seurat freqüenta o Curso de Desenho numa escola estatal noturna, que o escultor Justin Lequien dirigia. Então iniciou uma amizade com Edmond Aman-Jean. Em 1876 estudou a Gramática das Artes do Desenho de Charles Blanc.

Em fevereiro de 1878, Seurat é admitido, juntamente com Aman-Jean, na École des Beaux-Arts e ingressou, em 19 de março, na turma de pintura de Henri Lehmann, um aluno de Jean Auguste Dominique Ingres. Ele estuda os antigos mestres no Louvre.


Em 1879 deixa a École des Beaux-Arts e arrenda com Aman-Jean e Ernest Laurent um atelier na Rue de I'Arbalète. A partir de novembro presta um ano de serviço militar em Brest. Reuniu no seu livro em um livro esboços de figuras e também estudos sobre o mar, a praia e os barcos e ocupou-se do livro de David Sutters sobre Os Fenômenos do Olhar.

Depois de seu regresso de Brest em 8 de novembro de 1880, arrenda um pequeno quarto na Rue de Chabrol, nº 19, perto da casa paterna, onde, até 1886, pinta as suas obras mais significativas.
O Sena na Grande
Jatte, Primavera - 1887

Óleo sobre tela
65 X 81 cm



No ano de 1881 ele lê a teoria das cores de Ogden N. Rood e estuda os quadros de Eugène Delacroix. Empreende inúmeras viagens aos arredores de Paris juntamente com Aman-Jean.

Seurat é apresentado pela primeira e única vez, em 1883, com o desenho o Retrato de Aman-Jean, no Salon Oficial. O pintor encontra no mesmo ano Pierre Puvis de Chavannes.


Port-en-Bessin, a Ponte
e o Cais - 1888

Óleo sobre tela
67 X 84,5 cm

O primeiro grande quadro de Seurat, Banhistas em Asnières, é recusado pelo Salon em 1884, no entanto, em maio, é mostrado na exposição da 'Société des Artistes Indépendant'. Fora da exposição, Seurat conhece Paul Signac, com o qual em breve se ligará por uma intensa amizade. Em dezembro, são expostos os primeiros estudo de Um Domingo à Tarde na Ilha da Grande Jatte na 'indépendants'.
Em março de 1885, após Seurat ter trabalho o inverno inteiro em Um Domingo à Tarde na Ilha da Grande Jatte, ele o acaba. O pintor é introduzido por Signac na vanguarda artística e no círculo dos literatos Simbolistas.

Na oitava e última exposição dos Impressionistas, em 1886, Seurat expõe Um Domingo à Tarde na Ilha da Grande Jatte. O crítico de arte Félix Fénéon comenta a técnica e o estilo de Seurat no quadro com uma crítica extremamente objetiva. Ele conhece através de Fénéon o jovem matemático e teórico de arte Charles Henry, cujas teorias o impressionam bastante.

A 26 de agosto, é aberta a exposição dos 'indépendants', na qual ele mostra dez obras, entre as quais Um Domingo à Tarde na Ilha da Grande Jatte. É convidado pelo poeta Émile Verhaeren para a próxima exposição do grupo de vanguarda de Bruxelas Les Vingt. Durante o Outono trabalha em Os Modelos no seu novo atelierem Boulevard de Clichy, 128 b.

Em 2 de fevereiro de 1887, Seurat participa, em Bruxelas, com Signac na abertura do Salon dos Les Vingt, onde expõe sete quadros, entre os quais Im Domingo á Tarde na Ilha da Grande Jatte. Iniciado por Signac, forma-se o grupo dos Neo-Impressionistas, no qual os artistas decidem trabalhar a tecnica do pontilhismo.
Jovem a Empoar-se - 1888/1890

Óleo sobre tela
95,5 X 79,5 cm

Como Albert Dubois-Pillet, Charles,Angrand, Maximilien Luce e outros. Em março, Seurat mostra nos Indépendants estudos do seu novo quadro Os Modelos. No verão, trabalha neste quadro e em A Parada no Circo, que é influenciado pela estética de Henry. Em Janeiro de 1888 , Seurat e seus amigos expõem nas salas da Revue Indépendant que é dirigida por Pénéon. O pintor passou o verão em Port-en-Bessin na Normandia, onde produz inúmeros quadros sobre o mar.

Em fevereiro de 1889, Seurat participou na renovada exposição da reunião dos artistas Les Vingt. Irritado com desavenças internas, começa a afastar-se dos seus amigos. Conhece Madeleine Knobloch e vai morar com ela, a partir de Outubro, num atelier na Passage de I'Élysée-des-Beaux-Arts. Em 16 de Fevereiro de 1890, nasce o filho Pierre George. Nos Independants, Seurat expõe Le Chahut e Jovem a Empoar-se, um retrato de Madeleine Knobloch. Na publicação dirigida por Fénéon Les Hommes d'Aujourd'hui, Jules Christophe dedica um caderno ao pintor.

Seurat passa os meses de Verão em Gravelines, no Mar do Norte, onde pinta novos quadros sobre o mar. Em 7 de Setembro de 1891, o Salon do grupo Les Vingt abre em Bruxelas com, entre outros, Le Chahut e seis paisagens de Seurat. A 16 de Março, Seurat mostra no Salon des Indépendas. O Circo, ainda inacabado. Seurat Morre a 29 de março de 1891, com uma angina infecciosa. Dois dias depois é enterrado no cemitério parisizense Père Lachaise. Pouco depois morre o seu filho Pierre, com a mesma infecção que vitimou Seurat. A 3 de Maio, no atelier de Seurat, o espólio é inventariado por Paul Signac, Macimilien Luce e Félix Féléon. Madeleine Knobloch fica com alguns quadros de herança. Depois de desavenças, ela atasta-se para sempre da familia de Seurat.
Retrato
de Seurat - 1883

Desenho a Carvão

39 X 29 cm

Tarsila

Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.

Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a
Auto-retrato - 1924
óleo/papel-tela 38 X 32,5cm,

estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.

Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.

Abaporu - 1928
óleo/tela 85 X 73cm

Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.

Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.





São Paulo - 1924
óleo/tela 67 x 90cm

Vincent

Pintor e desenhista holandês, ao lado de Cézanne e Gauguin, o maior dos pós-impressionistas. Durante toda a vida vendeu um só quadro, travando uma amarga batalha contra a pobreza, o alcoolismo e a insanidade.


Vincent Van Gogh não se enquadra em nenhuma escola de pintura, embora sua extraordinária percepção das cores possa ter se originado das teorias impressionistas. Foi depois de se juntar ao irmão Théo, em Paris, e conhecer os "Impressionistas" que van Gogh começou a abandonar os tons escuros que até então usara, preferindo as cores puras primárias e secundárias, e adotar as pinceladas irregulares que davam uma sensação de luminosidade e leveza aos quadros impressionistas. Começou também a pintar a ar livre, hábito que conservou até morrer. A técnica de pinceladas firmes e carregadas que criou para seu próprio uso, aplicadas sem hesitação, permitiu-lhe pintar rapidamente e produzir um vasto número de obras nos últimos dois anos e meio de sua vida.

Vincent William Van Gogh nasceu em Groot-Zundert, uma cidadezinha em Brabante, no dia 30 de março de 1853. O pai era pastor protestante e van Gogh herdou dele o forte sentimento religioso pela vida e pela natureza que caracterizou o seu trabalho. Ele e o irmão mais novo, Théo, eram muito amigos e este não só incentivou o seu desejo de ser pintor como, na verdade, sustentou-o financeiramente nos últimos anos de sua vida.

O primeiro emprego de Vincent foi nas filiais de Paris, Bruxelas e Londres da Goupil e Cie, empresa que negociava objetos de arte fundada por seu tio. Mais tarde, tentou ensinar em Londres e, depois, trabalhou pregando nas minas e distritos agrícolas pobres de Brabante. Foi aí que van Gogh começou a expressar nos seus desenhos o que sentia pelas pessoas que o cercavam. Vivia tão pobre quanto elas, ao lado de uma prostituta que tomara a seus cuidados, mas a sua dedicação cristã foi mal compreendida e a sua igreja o censurou.

Mais tarde, um amor não correspondido levou-o a tentar o suicídio. Em 1880, van Gogh resolvera estudar arte em Bruxelas e Haia, acabou por juntar-se ao irmão Théo, que trabalhava para o Goupil et Cie em Paris. Ali, van Gogh conheceu Degas, Pissarro, Signac, Seurat, Toulouse-Lautrec, Monet e Renoir, e descobriu a sua verdadeira vocação.

Depois de dois anos em Paris, durante os quais pintou mais de duzentos quadros com a ajuda financeira do irmão, van Gogh foi para Arles, no sul da França. Alugou um estúdio num local batizado de Casa Amarela e ali esperou que o amigo Gauguin viesse lhe fazer companhia. Gauguin relutava mas, como Théo era o seu marchand, sentiu-se obrigado a passar algum tempo com Vincent. Os dois homens estabeleceram-se em Arles, mas a tensão entre eles era muito grande, principalmente devido ao temperamento exaltado de van Gogh, e Gauguin anunciou que ia voltar para Paris. Uma noite, percebeu que estava sendo seguido pelos jardins públicos de Arles por van Gogh que o ameaçava com uma lâmina de barbear ou faca. Gauguin dormiu aquela noite no hotel e, no dia seguinte, voltando a Casa Amarela, soube que tinham levado van Gogh para o hospital. Vincent cortara parte da orelha e a dera de presente a uma prostituta do bar que os dois costumavam freqüentar.

Depois disso, van Gogh retirou-se voluntariamente para um asilo para doentes mentais em St-Rémy-de-Provence, onde esperava recuperar a confiança em si mesmo e a estabilidade mental. Enquanto esteva internado, pintou sem parar e escrevia ao irmão e a Gauguin garantindo-lhes que já estava curado. Outros se seguiram; van Gogh percebeu que era vítima de uma doença incurável.

Em 1890 deixou St-Rémy e o clima ameno do sul e, seguindo o conselho de Pissarro, foi para Auvers-sur-Oise, onde um certo Dr. Gachet cuidou dele. Ali continuou pintando mas, depois de uma visita a Paris, onde soube das dificuldades financeiras do irmão e da doença do sobrinho, van Gogh teve uma recaída. Um dia, enquanto pintava ao ar livre em Auvers, deu um tiro no peito. O ferimento não parecia ser muito grave. Dr.Gachet fez o curativo e chamou Théo em Paris. Dois dias depois, em 29 de julho de 1890, Vincent van Gogh morria. Foi enterrado no cemitério de Auvers.